segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Artigo Científico dos Majores Frank Pacheco e Kéliton

O Artigo Científico foi defendido, na forma de Trabalho de Conclusão do Curso de Especialização em Segurança Pública, na Polícia Militar de Goiás - PMGO, no ano de 2010, e de autoria dos Oficiais  Maj QOPM Frank Pacheco da Silva e Kéliton César de Souza Rodrigues.

REDES SOCIAIS DIGITAIS COMO PRESSUPOSTOS NA OBTENÇÃO DE INFORMAÇÕES PARA USO POLICIAS MILITAR NA ZONA OESTE DE MANAUS.


              INTRODUÇÃO

O presente artigo propõe mostrar que as redes sociais digitais são ferramentas eficientes para obtenção de informações para uso policial militar, fomentando a preservação da ordem pública em auxílio às ações reativas e preventivas quanto ao emprego dos tipos, modos e processos de policiamentos a serem utilizados.
Sabe-se quão valiosa é a informação nos dias atuais. A mídia comumente noticia que as empresas estão cada vez mais investindo milhões em projeções estatística, em ações de      P&D (Projetos e Desenvolvimento) e consultorias a fim de identificar tendências, mudanças e fatos que possam nortear seus processos de inovação para incrementarem os seus lucros.
As organizações governamentais, apesar de não visarem ganhos financeiros, buscam meios mais eficientes de prestarem bons serviços com o mínimo de recursos públicos.
Segundo Castells (2000):
as redes são estruturas abertas que podem se expandir infinitamente, sem controle, formando novos nós. Para integrar uma rede como uma estrutura dinâmica, é imprescindível que seus integrantes estabeleçam uma ligação entre si, compartilhem valores e objetivos comuns, decodificáveis em um processo de comunicação.
Para tanto, é notório verificar que é exatamente isso o que vem acontecendo com a comunicação por meio de redes sociais. O indivíduo que se integra às redes sociais digitais acaba se relacionando de modo muito direto e estreito, compartilhando idéias, princípios e replicando seu pensamento aos demais interconectados.
Para a Polícia Militar é absolutamente indispensável a obtenção e o processamento de informações sobre fatos nocivos à ordem pública, sob pena de sofrer um desgaste irreversível (ou de difícil reversão) em sua credibilidade junto à sociedade.
Antecipar fatos que dependem de variáveis tão diversas e caóticas quanto aos que resultam em atos ilícitos (suicídio, um homicídio, um furto, etc) é muito difícil, no entanto é exequível mobilizar a própria sociedade (que quase tudo sabe e vê) para subsidiar o sistema de informações de inteligência policial militar a fim de detectar a movimentação dos agentes nocivos, bloqueando-os e mantendo o status quo.
Os sistemas tradicionais de informação (Telefone de Emergência, o “Disk Denúncia”, etc.) têm importantes méritos e são imprescindíveis para a atuação policial, mas têm se demonstrado ferramentas limitadas, não correspondendo às necessidades de preservação da ordem pública. 
Com o advento do conceito de Polícia Comunitária, a Polícia Militar passou a valer-se de informações advindas de organizações não governamentais (Conselhos de Segurança, Associações de Comunitários, etc) para tentar uma prevenção mais efetiva, mas este modelo ainda carece de um link direto, que propicie uma proximidade maior.
As tecnologias (principalmente as redes sociais digitais) têm se demonstrado suficientemente maduras e capazes de reunir verdadeiras comunidades virtuais tão diversas e complexas quanto as reais. Todas as classes, agentes sociais, formais e informais, estão de alguma forma representadas, a ponto de já existir uma versão virtual da sociedade.
Ao mesmo tempo, os custos de equipamentos, softwares e sistemas tornaram-se acessíveis o suficiente para que as classes menos abastadas da sociedade tenham acesso a celulares de alta tecnologia, notebooks, internet em banda larga, áreas de acesso a redes wireless, sistemas de envio de mensagens SMS e/ou MMS e uso de hand talk ou outro tipo de rádio transmissor portátil.
Reunir e utilizar estas novas tecnologias requer um baixo investimento e uma fácil implementação, sendo que a Polícia Militar já dispõe de muitos desses recursos (celulares funcionais, computadores, rádio transmissores, etc), dando ensejo à pesquisa aqui em foco.
           
1.      O PODER DAS REDES SOCIAIS DIGITAIS

Em sua obra “O Poder do Twitter”, Joel Comm (2009, p. 21) narra como a rede social Twitter superou grandes meios de comunicação tradicionais como a CNN ou o The New York Times ao transmitir, por meio de mensagens enviadas por pessoas comuns, as primeiras informações a respeito do atentado terrorista de 26 de novembro de 2008, em Mumbai. Também informa que a Cruz Vermelha americana (Red Cross) possui um endereço no Twitter, utilizando-o como uma forma rápida de comunicar informações sobre desastres locais.
Um dos “pontos fortes” do Twitter é sua característica de combinar as atualizações feitas na Web com informações móveis. Assim o Twitter torna possível que os usuários de celulares mandem mensagens de seus aparelhos, e, em alguns lugares, recebem-nas também.
A vantagem é que pode-se enviar uma mensagem SMS para o Twitter  de qualquer lugar em que esteja e ter muitas pessoas lendo-a imediatamente, isto é valiosíssimo em questão de segurança pública.
Ainda segundo Joel Comm (2009:29), narra o acontecido com o pastor Carlos Whittaker (twitter.com/loswhit) que ficou retido no aeroporto em Dallas e lá lhe disseram que teria de esperar seis horas para o próximo vôo. Após postar uma mensagem ao Twitter por meio de seu celular narrando sua dificuldade, recebeu, após dois minutos, sete e-mails, três telefonemas, um número enorme de tweets e a oferta de uma chave para um quarto do hotel Hyatt, patrocinado pelo grupo de caridade Remedy4ThisHeart.
Outro caso envolveu um estudante de jornalismo da Universidade da Califórnia, James Buck, que foi preso juntamente com seu intérprete enquanto fotografava uma manifestação no Egito. Sentado na viatura da polícia, mandou por meio de seu celular apenas a mensagem “preso” para seus seguidores no Twitter e imediatamente a embaixada norte-americana foi acionada a qual providenciou um advogado. No dia seguinte, ele postou a mensagem: “livre”. Seu intérprete ficou preso 90 dias e sofreu abusos no cárcere.
Dos dez trending topics do Brasil (os assuntos mais comentados do Twitter), na semana do dia 26 de novembro de 2010, nove faziam referência aos confrontos no Rio. Os outros assuntos como o Bope, Vila Cruzeiro e Penha foram os mais comentados no micro blog em todo o mundo.
De acordo com o site de notícias G1[1], policiais ligados à tecnologia começaram a usar redes sociais como o Facebook para contatar testemunhas de acidentes de trânsito. Desde 1º de janeiro, internautas que se conectam às páginas do Twitter ou do Facebook da polícia de Paris são convidados a fornecer informações para ajudar a resolver casos em que os culpados pelos acidentes fugiram do local na cidade, famosa por seus frequentes acidentes de trânsito. Um link direciona o internauta ao site da polícia, onde encontram detalhes sobre as ocorrências, incluindo data, horário e circunstâncias do acidente, além de um mapa indicando o local onde ocorreu. "Essa busca por testemunhas é um importante elemento para resolver crimes. Alguém pode muito bem ter visto algo e só lembrar depois", disse o chefe de comunicações da polícia de Paris, Xavier Castaing.
Já a polícia britânica começou uma campanha no site social Facebook para tentar levantar pistas que levem ao assassino da arquiteta Joanna Yeates, em um crime que vem despertando as atenções no país[2] 
O detetive Phil Jones, da polícia de Avon e Somerset adotou a estratégia de buscar pistas por meio de redes sociais. As possíveis testemunhas podem entrar em contato através do site ao invés de ligação telefônica. Jones afirmou ainda que a polícia já usou o Facebook em vários outros casos importantes, pois a informação pode ser usada de forma mais ampla do que nas campanhas tradicionais com panfletos e cartazes.  Scott Fulton, chefe do setor de tecnologia da polícia da região, afirmou que já foram recebidas 260 mensagens pela página do Facebook.  Além disso, 63 mil acessos das atualizações de notícias na página, mais 18 mil na página dedicada à Jo (Yeates) e mais de 70 mil acessos dos clipes das câmeras de vigilância em nossa página no YouTube, acrescentou.
A polícia australiana utilizou pela primeira vez o Facebook para executar uma ordem judicial de afastamento contra um homem que usava a rede social para assediar uma mulher.  De acordo com a agência de notícias Australian Associated Press, o caso ocorreu na cidade de Melbourne, onde as forças de segurança recorreram ao site quando fracassaram em todas as tentativas de entrar em contato com o suspeito.
Como última alternativa, o policial Stuart Walton fez um vídeo lendo a ordem de afastamento e o enviou, junto a uma cópia do texto, em mensagem privada ao perfil do acusado no Facebook.
Pouco depois, o homem entrou em contato com o policial para informá-lo que havia lido a ordem e, em seguida, deletado a conta no Facebook  por meio da qual tinha assediado uma mulher.  Esta é a segunda vez que se usa o Facebook como ferramenta de ação judicial na Austrália. Em dezembro de 2009, um tribunal de Canberra permitiu a um advogado comunicar na rede social a abertura de um processo por falta de pagamento de hipoteca contra duas pessoas.
Segundo o site Exame.com, noticiou o seguinte:
São Paulo – Equipes da polícia da Inglaterra receberão um treinamento especial para aprender a navegar e recolher informações em sites de redes sociais. Os detetives da terra da Rainha receberão aulas sobre sites como Facebook e Twitter com o objetivo de acompanhar melhor a ação de suspeitos. Segundo informações do jornal britânico Telegraph, a National Policing Improvement Agency irá supervisionar este treinamento. Agora, cerca de 3,5 mil policiais que passam pelos cursos da agência anualmente aprenderão também a juntar evidências nas páginas das redes sociais. A intenção é modernizar os detetives e adaptar seu treinamento a uma nova realidade conectada. A polícia acredita que as redes sociais já se mostraram úteis na hora de resolver crimes no passado, por exemplo, no caso do desaparecimento de uma garota em East Sussex, este ano. O pai da jovem foi preso e acusado de seu assassinato depois que os investigadores descobriram que foi ele quem atualizou a página da garota na rede social Bebo após seu desaparecimento. (http://exame.abril.com.br/tecnologia/noticias/)

As redes sociais ajudam a melhorar o serviço público em São Paulo com funcionários responsáveis por monitorar Facebook, Twitter e Orkut, órgãos e empresas prestadoras de serviços públicos vêm conseguindo melhorar o atendimento ao cidadão.

Ao menos quatro instituições - Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô), Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), Polícia Militar (PM) e Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) - destacaram profissionais que acumulam, entre outras funções, o monitoramento de redes sociais. A partir de janeiro de 2009, quando São Paulo se tornou o primeiro estado a regulamentar o uso das redes no governo, as secretarias criaram perfis, principalmente no Twitter. A maioria, porém, para divulgação.

No caso do Metrô, o monitoramento é questão de segurança. No ano passado, a empresa incumbiu um funcionário de vasculhar as redes para, com as informações levantadas, definir ações. E o trabalho de Antônio Gonçalves de Oliveira, de 41 anos, já causa efeitos práticos. Foi a partir de comentários em blogs e Twitter que Oliveira descobriu o planejamento do flash mob No Pants ("Sem Calças"), em maio de 2009. "Nunca havia ocorrido no Brasil. Houve discussão se poderia configurar atentado violento ao pudor", conta: "Pesquisei sobre o evento em outros países e vi que era pacífico. A partir daí, definimos uma tática." No fim, 500 pessoas participaram, acompanhadas por 16 agentes. Não houve ocorrências[3].
A popularização das redes sociais no Brasil teve como consequência o aumento no índice de crimes cometidos na internet. Segundo uma pesquisa da ONG Safernet, crimes como xenofobia, racismo e homofobia foram os que registraram os maiores crescimentos.
Os dados da pesquisa indicaram que no segundo semestre de 2008, a xenofobia apresentou um crescimento de 238,7% em relação ao primeiro semestre do ano. Em seguida, aparecem o racismo (167,2%) e a homofobia (131,4%). Já os crimes relacionados à pornografia infantil tiveram um aumento de 57,9%[4]. Estes números reforçam a ideia da necessidade de monitoramento sistemático das redes sociais.
Todas as informações coletadas apontam para a ocorrência de um fenômeno não meramente tecnológico, mas um fato sociológico, fruto do consciente coletivo criado a partir de interações digitais entre pessoas ou grupos.
2.      CENTRALIDADE NAS REDES SOCIAIS
Conforme Marteleto (2001), calcular a centralidade de um ator significa identificar a posição em que ele se encontra em relação às trocas e à comunicação na rede. Embora não se trate de uma posição fixa, hierarquicamente determinada, a centralidade em uma rede traz consigo a idéia de poder. Quanto mais central é um indivíduo, mais bem posicionado ele está em relação às trocas e à comunicação, o que aumenta seu poder na rede.
A centralidade é, então, a posição de um indivíduo em relação aos outros, considerando-se como medida a quantidade de elos que se colocam entre eles. O fato de os indivíduos com mais contatos diretos em uma rede não serem necessariamente aqueles que ocupam as posições mais centrais pode ser explicado através do conceito de abertura estrutural. Um indivíduo com poucas relações diretas pode estar muito bem posicionado em uma rede por meio da utilização estratégica de suas aberturas estruturais.
A idéia da utilização de aberturas estruturais baseia-se na otimização das relações e maximização dos contatos, o que interfere diretamente na centralidade de um indivíduo no ambiente das redes.
O objetivo de um sistema integrado de segurança pública baseado em redes sociais é tornar o ente público bem posicionado e possuidor de um status alto na rede.  Também se faz necessário romper com a lógica do trabalho setorizado e verticalizado; promover o exercício constante de comunicação e de troca de informações; capacitar permanentemente profissionais e pessoas que se envolvem na rede; incorporar a família nas ações de proteção e de prevenção e promover a participação de amplos setores sociais (NJAINE, Kathie et AL).



3.      QUALIFICAÇÃO E QUANTIFICAÇÃO DAS REDES SOCIAIS
Analisa-se neste item as redes sociais mais indicadas, conforme os dado obtidos através da a pesquisa de campo retratada no item 4.5. A seguir, estão suas características e como elas podem realmente ser usadas para captar informações que alimentarão o planejamento das ações de prevenção e repressão de atos ilícitos e desequilíbrios da ordem pública. Neste sentido foram obtidos os conceitos (WIKIPEDIA, 2010, Acesso em:25/09/2010):
a.             Facebook: é um website de relacionamento social lançado em 4 de fevereiro de 2004. Foi fundado por Mark Zuckerberg, um ex-estudante de Harvard. Usuários criam perfis que contêm fotos e listas de interesses pessoais, trocando mensagens privadas e públicas entre si e participantes de grupos de amigos. A visualização de dados detalhados dos membros é restrita para membros de uma mesma rede ou amigos confirmados.
b.             SMS: Serviço de Mensagens Curtas ou Short Message Service (SMS) é um serviço disponível em telefones celulares digitais que permite o envio de mensagens curtas (até 255 caracteres em GSM e 160 em CDMA) entre estes equipamentos e entre outros dispositivos de mão (handhelds), e até entre telefones fixos (linha-fixa). Este serviço pode ser tarifado ou não, dependendo da operadora de telefonia e do plano associado.
c.              Twitter: (pronuncia-se "tuíter") é uma rede social e servidor para microblogging que permite aos usuários enviar e receber atualizações pessoais de outros contatos (em textos de até 140 caracteres, conhecidos como "tweets"), por meio do website do serviço, por SMS e por softwares específicos de gerenciamento. As atualizações são exibidas no perfil de um usuário em tempo real e também enviadas a outros usuários seguidores que tenham assinado para recebê-las. As atualizações de um perfil ocorrem através por meio de site do Twitter, por RSS, por SMS ou programa especializado para gerenciamento. O serviço é gratuito pela internet, entretanto, usando o recurso de SMS pode ocorrer a cobrança pela operadora telefônica.
d.             E-mail: correio-e (em Portugal, correio electrônico), ou ainda email é um método que permite compor, enviar e receber mensagens através de sistemas eletrônicos de comunicação. O termo e-mail é aplicado tanto aos sistemas que utilizam a Internet e são baseados no protocolo SMTP, como aqueles sistemas conhecidos como intranets, que permitem a troca de mensagens dentro de uma empresa ou organização e são, normalmente, baseados em protocolos proprietários.
e.             MSN: A Rede Microsoft de Serviços (Microsoft Service Network) ou simplesmente MSN é um portal e uma rede de serviços oferecidos pela Microsoft em suas estratégias envolvendo tecnologias de Internet. O logotipo representa uma borboleta, que "captura a imaginação e a liberdade" de conversar no MSN.
f.               Orkut: O Orkut é uma rede social filiada ao Google, criada em 24 de Janeiro de 2004 com o objetivo de ajudar seus membros a conhecer pessoas e manter relacionamentos. Seu nome é originado no projetista chefe, Orkut Büyükkokten, engenheiro turco do Google. É a rede social mais utilizada no Brasil.

4.      OBSERVAÇÕES EMPÍRICAS NA POPULAÇÃO DA ZONA OESTE DE MANAUS
4.1.  Descrição geo-política da população e área de pesquisa:
A coleta de dados foi realizada na zona oeste do município de Manaus, no estado do Amazonas, que possui uma área bruta de 15.147,8 km², uma população de 385.556 hab., dezesseis (16) bairros, vinte (20) conjuntos residenciais, um (01) loteamento, abrange 36,1% do território e 29,9% da população de Manaus.
Em seguida é apresentado quadro de bairros com as respectivas quantidades populacionais e área:

CONTAGEM DA POPULAÇÃO POR BAIRROS EM 01/04/2007 – ZONA OESTE DE MANAUS

BAIRRO
POPULAÇÃO (hab)
ÁREA (he)
Compensa
74.095
1293,39
Alvorada
67.257
604
Dom Pedro
15.338
296
Tarumã
26.360
8243,25
Redenção
36.028
315
Santo Antônio
20.097
113,69
Planalto
13.928
426
Ponta Negra
2.748
2350,45
São Jorge
24.548
292,96
Lírio do Vale
20.490
368
Nova Esperança
19.221
150
Santo Agostinho
15.773
209
Bairro da Paz
13.669
256,55
São Raimundo
16.304
115,32
Vila da Prata
11.461
65,9
Glória
8.239
48,29
Fonte: IBGE



4.2 Distribuição espacial das unidades operacionais (UOp) da Polícia Militar do Amazonas na zona oeste:

O Comando de Policiamento da Área Oeste (CPA Oeste), com sede na travessa Hermes Fontes, n°. 60, Compensa III, está subordinado ao Comando de Policiamento Metropolitano (CPM) sendo subdividido em cinco Companhias Interativas Comunitárias (CICOM) conforme o quadro abaixo:



Relação de CICOMs da zona oeste de Manaus
CICOM
Bairros/ Conjuntos  (SETORES)
5ª CICOM
Vila da Prata
São Jorge
Glória
Santo Antônio
São Raimundo
8ª CICOM
Compensa I
Compensa II
Compensa III
Conj. VILA MARINHO
10ª CICOM
D. Pedro
Alvorada
Conj. Ajuricaba
17ª CICOM
Planalto
Redenção
Bairro da Paz
19ª CICOM
Ponta Negra
Tarumã
Santo Agostinho
Lírio do Vale
Nova Esperança








 









4.3 Quantificação e qualificação da violência
A zona oeste de Manaus apresenta os seguintes índices de criminalidade conforme dados do Centro Integrado de Operações de Segurança (CIOPS) da Secretaria de Segurança Pública do Amazonas, de acordo com a tabulação de ocorrências atendidas via telefone 190 (emergência):
Estatística de ocorrências por bairro da zona oeste mês de Maio de 2011
Bairro
Qtd
Percentual
Compensa
648
20%
Alvorada
549
17%
Redenção
256
8%
São Jorge
211
6%
Dom Pedro
186
6%
Lírio do Vale
180
6%
Tarumã
162
5%
Bairro da Paz
155
5%
Santo Antônio
136
4%
Planalto
135
4%
São Raimundo
126
4%
Nova Esperança
124
4%
Glória
119
4%
Santo Agostinho
110
3%
Vila da Prata
81
2%
Ponta Negra
70
2%
Total geral
3248
100%



Média de ocor. por bairro
203

                                Fonte: CIOPS
Estatística de ocorrências por natureza da zona oeste mês de Maio de 2011
Naturezas de Maior Vulto
Qtd
Percentual
Lesão corporal
180
35%
Roubo
115
22%
Furto
65
13%
Porte de entorpecente
39
8%
Tráfico de entorpecente
38
7%
Porte de arma
20
4%
Tentativa de homicídio
20
4%
Disparo de arma de fogo
13
3%
Homicídio
7
1%
Encontro de cadáver
4
1%
Acid. Trâns. Vít. Fatal
4
1%
Estupro
2
0%
Suicídio
2
0%
Latrocínio
2
0%
Cárcere privado
1
0%
Sequestro
1
0%
Total
513
100%
                           Fonte: CIOPS

4.4  Plano de Articulação do CPA Oeste
O atendimento de ocorrências baseia-se em recepção de relatos de cidadãos-clientes por meio do telefone de contato para emergência (190) sendo os informes cadastrados em um sistema computadorizado e distribuído a operadores que, via rádio transceptor, acionam guarnições de viaturas distribuídas no subsetor correspondente ao local da solicitação.
Conforme a natureza da ocorrência, uma quantidade, tipo, modalidade de policiamento é empregado, sendo desejado um tempo máximo para a chegada da viatura ao local informado de três (03) minutos.
Este sistema de atendimento não mais satisfaz à demanda da população que clama por mais agilidade no atendimento de ocorrências 190 (chegada de viaturas) conforme tabulação de pesquisa de satisfação realizada pelo CIOPS:

Sugestões dos cidadãos visando melhorias pesquisa ref. ao mês de maio de 2011
SUGESTÃO
QTD
%
Mais agilidade no atendimento das ocorrências 190 (chegada da viatura)
134
29,26%
Mais policiamento nos bairros
125
27,29%
Investimentos para compra de vtr e equipamentos para a PM
28
6,11%
Melhorar a educação dos policiais nas abordagens
24
5,24%
Aumentar o efetivo da PM
23
5,02%
Mais capacitação e qualificação para os policiais
23
5,02%
Mais agilidade no atendimento das ocorrências 193 (chegada da viatura)
20
4,37%
Aumentar a fiscalização dos Policiais
16
3,49%
Melhorar o atendimento 190/193 do horário noturno
15
3,28%
Instalar câmeras nos bairros
12
2,62%
Mais integração da pm com a comunidade
12
2,62%
Policiamento no horario noturno nos bairros
8
1,75%
Mais policiamento nas escolas
5
1,09%
Investimentos para compra de novas vtr's para o corpo de bombeiro
4
0,87%
Melhorar o atendimento humanitário da pm (educação)
3
0,66%
Cursos de relações humanas para os policiais
3
0,66%
Mais instalaçôes de câmeras nas vias principais
1
0,22%
Policiamento nos coletivos
1
0,22%
Mais capacitação e qualificação para os atendentes 190/193
1
0,22%
TOTAL
458
100,00%
Fonte: CIOPS

4.5  Aplicação do questionário e procedimentos
A amostra para aplicação do questionário foi definida baseada no quantitativo habitacional do bairro da Compensa, por ser o mais populoso e por reunir características comuns às demais setores da zona oeste.
Possuindo uma população de 74.095 habitantes, foi utilizado o método de obtenção do tamanho da amostra dados de atributos discretos - pequena população com nível de confiança de 90%; valor de “Z” numa distribuição normal para um nível de confiança de 0,9 de 1,6448536;  probabilidade de ocorrer o evento de 90%; erro amostral de 3%, obtendo-se uma quantidade para amostra mínima de 270 pessoas.
Foram distribuídos quatrocentos (400) questionários entre os líderes comunitários, conselheiros de segurança, para alunos de duas (02) salas de aula do ensino fundamental II (5º ao 9º ano), pessoas aleatórias (03 para cada líder comunitário ou conselheiro) e policiais militares também aleatoriamente, os quais responderam às questões:

ORD
QUESTÃO
OPÇÕES
1.                 
Sexo
Masculino ou Feminino
2.                 
Faixa etária
Abaixo de 12 anos; de 12 a 16 anos; acima de 16 até 18 anos; acima de 18 até 30 anos; acima de 30 até 40 anos; acima de 40 até 50 anos ou acima de 50 anos.
3.                 
Estado civil
solteira/o; casada/o; companheira/o; separada/o ou Divorciada/o; viúva/o.
4.                 
Escolaridade
Fundamental; completo; incompleto; médio; universitário/a; pósgraduado/a.
5.                 
Você possui computador, notebook, tablet ou similares?

Sim ou não.
6.                 
Você utiliza computador, notebook ou similar no seu local de trabalho?

Sim ou não.
7.                 
Você dispõe de acesso à internet?
Sim, em casa; sim, no trabalho; sim, em outro local; não
8.                 
Quais as redes sociais em que você é cadastrado?
Twitter; Facebook; Orkut; MSN/Hotmail; GMail; Orkut; My Space; Blog; Chat; Mensagem de texto via celular; Digg; outros. Quais?  Não sou cadastrado em nenhuma.
9.                 
Qual o seu principal meio de comunicação?
Telefone fixo; telefone celular; outro. Qual?

10.             
Você já tentou solicitar atendimento policial militar?
Sim ou Não.
11.             
Você conseguiu ser atendido de forma eficiente?
Sim ou Não.
12.             
Você acha que mais meios de comunicação devem ser disponibilizados para solicitar apoio policial para atendimento de emergência ou denúncias?
Sim ou Não.
13.             
Você acha que as redes sociais (Twitter, Facebook, MSN, mensagem de texto de celular, etc) devem ser utilizadas como meio de comunicação para atendimento policial militar?
Sim ou Não.
14.             
Qual o meio de comunicação adicional aos tradicionais  mais eficaz?

Twitter; Facebook; Orkut; MSN/Hotmail; GMail; Orkut; My Space; Blog; Chat; Mensagem de texto via celular; Digg; outros. Quais?  Não sou cadastrado em nenhuma.


Deste total foram recebidos e tabulados em pastas do software Microsoft Excel trezentos e sessenta (360) questionários sendo obtidos os seguintes resultados:


Questão 01:
SEXO
TOTAL
%
Masculino
216
60
Feminino
144
40
Total geral
360
100


Questão 02:
FAIXA ETÁRIA
TOTAL
%
ABAIXO DE 12
0
0
DE 12 A 16 ANOS
81
22,5
ACIMA DE 16 ATÉ 18ANOS
27
7,5
ACIMA DE 18 ATÉ 30 ANOS
99
27,5
ACIMA DE 30 ATÉ 40 ANOS
78
21,67
ACIMA DE 40 ATÉ 50 ANOS
39
10,83
ACIMA DE 50 ANOS
36
10
TOTAL GERAL
360
100

Questão 03:
ESTADO CIVIL
TOTAL
%
SOLTEIRA/O
210
58,33
CASADA/O
111
30,83
COMPANHEIRA/O
15
4,17
SEPARADA/O DIVORCIADO
24
6,67
VIÚVA/O
0
0
TOTAL GERAL
360
100


Questão 04:
ESCOLARIDADE
TOTAL
%
FUNDAMENTAL
24
6,67
COMPLETO
39
10,83
INCOMPLETO
18
5,00
MÉDIO
204
56,67
UNIVERSITÁRIO/A
69
19,17
PÓS GRADUADO/A
6
1,67
TOTAL GERAL
360
100,00


Questão 05: Você possui computador, notebook, tablet ou similares?

OPÇÕES
TOTAL
%
SIM
261
72,50
NÃO
99
27,50
TOTAL
360
100,00



Questão 06: Você utiliza computador, notebook ou similar no seu local de trabalho?

OPÇÃO
TOTAL
%
SIM
186
51,67
NÃO
174
48,33
TOTAL
360
100,00

Questão 07: Você dispõe de acesso à internet?
OPÇÃO
TOTAL
%
SIM, EM CASA
219
53,28
SIM, NO TRABALHO
69
16,79
SIM, EM OUTRO LOCAL
84
20,44
NÃO
39
9,49
TOTAL GERAL
411
100,00
Obs.: algumas pessoas marcaram mais de uma opção

Questão 08: Quais as redes sociais em que você é cadastrado?
OPCÃO
TOTAL
%
TWITER
72
7,23
MY SPACE
9
0,90
FACEBOOK
147
14,76
ORKUT
219
21,99
MSN/HOTMAIL
222
22,29
CHAT
27
2,71
GMAIL
93
9,34
MENSAGEM DE TEXTO
123
12,35
DIGG
3
0,30
BLOG
33
3,31
OUTROS
6
0,60
NÃO SOU CADASTRADO
42
4,22
TOTAL GERAL
996
100,00
Obs.: Quase todos marcaram mais de uma opção
Questão 09: Qual o seu principal meio de comunicação?
OPÇÃO
TOTAL
%
TELEFONE FIXO
21
5,83
TELEFONE CELULAR
333
92,50
OUTRO
6
1,67
TOTAL GERAL
360
100,00

Questão 10: Você já tentou solicitar atendimento policial militar?
OPÇÃO
TOTAL
%
SIM
222
61,67
NÃO
138
38,33
TOTAL GERAL
360
100,00

Questão 11: Você conseguiu ser atendido de forma eficiente?
OPÇÃO
TOTAL
%
SIM
183
50,83
NÃO
177
49,17
TOTAL GERAL
360
100,00

Questão 12: Você acha que mais meios de comunicação devem ser
disponibilizados para  solicitar  apoio  policial  para  atendimento  de
emergência ou denúncias?
OPÇÃO
TOTAL
%
SIM
333
92,50
NÃO
27
7,50
TOTAL GERAL
360
100,00

Questão 13: Você acha que as redes sociais (Twitter, Facebook, MSN, mensagem de texto de celular, etc) devem ser utilizadas como meio de comunicação para atendimento policial militar?
OPÇÃO
TOTAL
%
SIM
357
99,17
NÃO
3
0,83
TOTAL GERAL
360
100,00

Questão 14: Qual o meio de comunicação adicional aos tradicionais mais eficaz?

OPÇÃO
TOTAL
%
TWITER
87
10,39
FACEBOOK
93
11,11
ORKUT
87
10,39
MSN/HOTMAIL
177
21,15
GMAIL
51
6,09
MY SPACE
3
0,36
BLOG
21
2,51
DIGG
3
0,36
CHAT
24
2,87
MENSAGEM DE TEXTO
279
33,33
OUTROS
12
1,43
TOTAL GERAL
837
100,00
Obs.: Quase todos marcaram mais de uma opção


3.  ANÁLISE DOS DADOS OBTIDOS

Os dados nos permitem concluir que:
a.         Com uma proporção de 72,5% de pessoas proprietárias de computadores na área de pesquisa, infere-se que os computadores, notebook, tablet ou similares estão difundidos em quantidade  suficiente para utilizá-los como ferramenta de comunicação efetiva para obtenção de informações para segurança pública por meio de redes sociais digitais. O uso destes meios não se restringe apenas ao computador de propriedade dos questionados, uma vez que 51,67% deles afirmam utilizar também no trabalho. O computador não é a única ferramenta digital para o trânsito de informações, pois 92,5% dos questionados usam telefone celular para transmissão de voz e texto.
b.        Quanto ao acesso à Internet, 90,51%  têm disponíveis meios para tal, em casa, no trabalho e/ou em outro local (alguns em mais uma destas opções), sendo esta via de comunicação ideal para a difusão e obtenção de informes, notícias de ilícitos, sugestões/ críticas a respeito de ilícitos cometidos na área do CPA Oeste.
c.         A respeito de cadastro em redes sociais, 95,78% dos questionados são cadastrados em pelo menos uma rede social, sendo o MSN/Hotmail, o Orkut, o Facebook, as mensagens SMS e o  Twitter as mais utilizadas.  Devido às características das redes sociais de interações bidirecionais em rede, difusão da informação rapidamente por todos os interconectados de forma automática e a facilidade de donwload e upload  de textos, imagens e sons supõe-se que a informação relacionada à segurança pública fluirá com mais rapidez e qualidade com benefícios para as ações de investigação, preventivas, sócio-educativas e emergenciais.
d.        Infere-se também que um  sistema de informações baseado em redes sociais terá boa aceitação pela população do CPA Oeste, pois 92,5% dos questionados acham que mais meios de comunicação devem ser disponibilizados para solicitar apoio policial para atendimento de emergência ou denúncias e 99,17% acham que as redes sociais devem ser utilizadas como meio de comunicação para atendimento policial militar. Este desejo está associado à precariedade no atendimento tradicional (telefone de emergência 190), pois 134 pessoas de um total de 458 sugeriram ao CIOPS mais agilidade no atendimento das ocorrências 190 e um índice expressivo de questionados (49,17%) afirmam que não conseguiram ser atendidos de forma eficiente, associados a 61,67% já tentaram solicitar atendimento policial militar.
e.         Por fim, as redes sociais consideradas mais eficientes para serem adicionadas aos meios tradicionais de obtenção de informes de segurança pública são por ordem decrescente: a mensagem de texto de celular (SMS); o MSN/Hotmail;  o Facebook; o Twitter e o Orkut.
Estes índices estão intimamente relacionados à disponibilidade de aparelhos celulares no Brasil, o seu baixo custo e seu fácil e rápido manuseio e sendo este o principal meio de informações.

CONCLUSÃO
Pretendeu-se demonstrar a viabilidade e a necessidade de desenvolver relacionamentos em redes por meio de tecnologias de comunicação usando redes sociais digitais, desencadeando uma troca de informações, subsidiando o planejamento de ações policiais militares de preservação da ordem pública.
Comprovamos por meio dados de pesquisa de campo e citação de casos reais documentado em literatura especializada que as redes sociais, muito mais que uma tendência ou “modismo”, são ferramentas acessíveis e possibilitam mais efetividade na disseminação, coleta e feedback das informações sobre atos que alterem a ordem pública. Possuindo grande capilaridade social e poder de integrar informações, supõe-se que estes sistemas podem se tornar uma ferramenta preciosa para o policiamento comunitário.
Muito além de interligar pessoas, as redes sociais são capazes de inter-relacionar organizações, propiciando cooperação mútua para se atingir os objetivos corporativos de ambas.
Ficou claro que a integração em rede, quebra um paradigma das relações verticais e horizontais unidirecionais. Não há mais uma hierarquização nos relacionamentos sociais e o sucesso de qualquer empreendimento depende da troca e disseminação de informações com a maior amplitude possível, prevalecendo o conceito de centralidade.
Quanto à amplitude, ficou patente que as tecnologias disponíveis no mercado estão amplamente distribuídas entre a população da área oeste de Manaus, se tornaram acessíveis e apresentam um alto nível de maturidade tecnológica.  A distribuição dos meios de comunicação entre as classes sociais, gêneros e faixas etárias permitem que a informação chegue a todos e venham de todos, refletindo a movimentação dos fatos e agentes sociais.
Hoje, ficar fora dessa realidade não é mais uma opção. Diz Laura Ullmann (2010). Trata-se dos internautas falando para a sociedade, seja positiva ou negativamente, e isso tem uma força inexorável que pode se reverter em grandes conquistas ou acabar de vez com nossos valores sociais. E reconstruí-los pode ser um caminho muito longo, se não for inevitável. A verdade é que nós não temos muita escolha. Mais cedo ou mais tarde, teremos de nos render à nova realidade.




REFERÊNCIAS

CASTELLS, M. A sociedade em rede. São Paulo: Paz e Terra; 2000.
COMM, Joel.  O poder do Twitter: estratégias para dominar seu mercado e atingir seus
DUARTE, Fábio e Frei, Klaus. Redes Urbanas. In: Duarte, Fábio; Quandt, Carlos;                   Souza, Queila. (2008). O Tempo Das Redes, p. 156. Editora Perspectiva S/A. ISBN 978-85-273-0811-3. disponível em: <http:// www.blogdeguerrilha.com.br/ wiki/ index. php5? title= Coleta_RS_Ibope>. Acessado em: 20/01/2011.
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INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA – IBGE.  Estimativa de População 2009.    Disponível em : <http:// www.ibge.gov.br/ estadosat/ temas.php?sigla=go&tema= pnad_internet_ celular_ 2008>. Acesso e 25/10/2010.
LEROY-PINEAU, Françoise. Reseaux Sociaux : bibliographie commentée. Montréal : Université de Montréal, 1994. mimeo.
MARTELETO, Regina Maria. Análise de redes sociais - aplicação nos estudos de transferência da informação. Ci. Inf.,  Brasília,  v. 30,  n. 1, Apr.  2001 .   Disponível em:  < http:// www.scielo.br/ scielo.php?script= sci_arttext&pid= S0100-19652001000100009&lng =en&nrm =iso >. access on  08  Mar.  2011.  doi: 10.1590/S0100-19652001000100009.
NJAINE, Kathie et al . Redes de prevenção à violência: da utopia à ação. Ciênc. saúde coletiva,  Rio de Janeiro,  2011 .   Disponível em: <http:// www.scielo.br/ scielo.php? objetivos com um tweet por vez. São Paulo: Editora Gente, 2009.
ULLMANN, Laura apud HUNT, Tara. O poder das redes sociais: como o fator Whuffie – seu valor no mundo digital – pode maximizar os resultados de seus negócios. São Paulo:
Editora Gente,2010.
UMA HISTÓRIA DE CINEMA. Revista Exame, São Paulo, a. 23, n. 22, Ed. 981,     p. 35- 45, dez., 2010
COMO CRIAR UM TWITTER – APRENDA AQUI! disponível em: <http: // veja.abril.com.br/ noticia/ vida-digital/ redes-sociais-ajudam-a-melhorar-o-servico-publico-em sp?utm_source = KingoFeed&utm_campaign= VEJA.com: %20Revista% 20VEJA,% 20acervo% 20digital,% 20not% C3% ADcias,% 20blogs,% 20colunistas, %20v%C3% ADdeos&utm_medium= twitter>. Acessado em 20/01/2011.
CRIMES NAS MÍDIAS SOCIAIS CRESCEM MAIS DE 200%. Disponível em: <http://www.osnumerosdainternet.com.br/crimes-nas-midias-sociais-crescem-mais-de-200>. acessado em 20/01/2011.
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WIKIPÉDIA – Enciclopédia Livre. Blog. Disponível em: <http:// pt.wikipedia.org/ wiki/ Blog>. Acesso em  25/09/2010.
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WIKIPÉDIA – Enciclopédia Livre. Msn. Disponível em: <http:// pt.wikipedia.org/ wiki/ Msn>. Acesso em  25/09/2010.
WIKIPÉDIA – Enciclopédia Livre. Rádio Comunicação. Disponível em: <http:// pt.wikipedia.org/ wiki/R%C3%A1dio_ (comunica%C3%A7%C3%A3o)>. Acesso em  25/09/2010.
WIKIPÉDIA – Enciclopédia Livre. Skype. Disponível em: <http:// pt.wikipedia.org/ wiki/ Skype>. Acesso em  25/09/2010.
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[1] Disponível em: http://g1.globo.com/tecnologia.
[2] Disponível em: http://g1.globo.com/mundo/noticia/2011/01/).

[3] disponível em: http://veja.abril.com.br/noticia/vida-digital/
[4] Disponível em: http:// www.osnumerosdainternet.com.br/ crimes-nas-midias-sociais-crescem-mais-de- .


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